Jornal Trem Doido: O nome do livreto "Cada vez Mais Menos" é um Trem Doido! Como surgiu a ideia?

Bruno: Surgiu de não haver necessidade de tantas palavras para dizer as coisas. Dizer muito com pouco.

J.T.D: A imagem na capa do livreto é de cartela vazia de comprimidos, por quê?

Bruno: Quem fez a capa foi Lara Marx, de acordo com ela, um dos sentidos mais fortes do livro é ser minimalista, mas ao mesmo tempo ter uma intensidade de significado. Cada verso, ainda que breve, é carregado de efeitos e cada pílula que nos falta à capa é indicação de que as páginas seguintes contêm todas as substâncias de que o leitor precisa para se fazer completo.

As ilustrações foram feitas por diversos artistas visuais de diversos lugares com um resultado bem diferenciado, original, cada um tem uma característica própria. O que só vem a enriquecer o livreto, somente palavras não conseguiria transmitir com a mesma intensidade.

J.T.D: Qual seu intuito com este livreto?

Bruno: A imersão da pessoa nela mesma para expansão das possibilidades de ser.

J.T.D: Qual o assunto principal?

Bruno: O ser, a existência e a percepção de mundo, de si, de existir.

J.T.D: Sendo de bolso ele é fácil, prático e pode ser levado a todo lugar. Foi este o objetivo ou tem algo mais?

Bruno: Tem tudo isso e também a questão de se afinar com a proposta do livreto, que são pequenezas. Também facilitou deixar disponível no site: www.cadavezmaismenos.blogspot.com.br para download o arquivo diagramado, para baixar, imprimir e organizar as páginas como desejar, pois não tem páginas e grampear. E quem desejar comprar, pode encontrar na: Livraria Intelecto, LivroMania, Sebo Casanova, Fábrica do Som, Mogi Tattoo e Istambul.

J.T.D: Você tem participação em outras obras. Quais citaria?

Bruno: Participei do livro Mandu sem Fronteiras, tem um fanzine OrFEL 1, que foi produzido pelo Fora do Eixo Letras e sua distribuição é nacional, com vários artistas de todo país. Tem um livreto "novelho" que foi traduzido para o esperanto pela Associação de Esperanto de Pouso Alegre, Zamenhof.

J.T.D: É notável a melhoria da preocupação com cultura em Pouso Alegre. O que você acha?
Bruno: Acho muito importante, a união deveria ser independente do gosto artístico, porque arte é arte. Os artistas da cidade deveriam colaborar mais uns com os outros, pois estamos no mesmo barco, não adianta remar contra.

J.T.D: Onde acha que devemos melhorar e em que a população poderia ajudar?
Bruno: Pouso Alegre é uma cidade rica em artistas, basta a população valorizar, pois temos artistas com tanta qualidade quanto os artistas de fora. Devemos tirar essa ideia de que a grama do vizinho é mais verde e que santo de casa não faz milagres... Temos de nos unir e assim fortalecermos a classe cultural.

J.T.D: Tem mais alguma obra literária em vista?
Bruno: Tem... várias! Paisagens será um livreto de textos, Dia Perplexo será uma coleção de indignações, tem também uma obra coletiva que já está em andamento ainda sem nome e os projetos continuam, sempre busco parcerias, trabalhar em conjunto enriquece os dois lados, tanto para o artista quanto para o leitor e quem se interessar em fazer parceria o contato é www.brunonobru.net lá você encontra todos os livros para download e informações para contato.

Entrevista por: Yuri Sato.
Jornal Trem Doido, Fevereiro de 2013.
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